Em 5 de maio de 2025, a Comissão de Gestão da Memória da Justiça Federal do Rio Grande do Sul (JFRS) realizou o evento “Memória, Justiça e Reconstrução: um ano após maio de 2024” para relembrar e refletir sobre os impactos e os aprendizados deixados pelas enchentes de maio de 2024, além de compartilhar os desafios enfrentados pela JFRS e destacar o papel desempenhado pela instituição no apoio à população gaúcha.

A programação reuniu relatos, registros fotográficos do período, lançamento do e-book “Memórias do desastre climático: A Seção Judiciária do Rio Grande do Sul”, disponível no Portal de Memória da JFRS, e também foi apresentada uma nova seção do site com conteúdos sobre a tragédia, intitulada “O Desastre Climático de Maio de 2024​”.

Além disso, o evento contou com apresentações artísticas do Grupo Arte Gaúcha e um casal de dançarinos, que trouxeram momentos de sensibilidade e cultura à cerimônia, e foi divulgado o projeto de instalação de placas que marcam os pontos atingidos pela enchente na sede da instituição.

A importância do evento e da preservação da memória do desastre climático de 2024 foram destacados pelo representante da Presidência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle e pela diretora do Foro da JFRS, juíza Carla Evelise Justino Hendges na abertura do evento.

Juiz Patrick Lucca Da Ros apresentando o e-book “Memórias do desastre climático: A Seção Judiciária do Rio Grande do Sul”.
Grupo Arte Gaúcha.
Juíza Andréia Castro Dias Moreira apresentando a seção “Desastre Climático de maio de 2024” do Portal da Memória.

O evento contou com duas rodas de conversa. A primeira foi ministrada pela presidente da Comissão de Gestão da Memória, juíza Andréia Castro Dias Moreira, e teve a participação da diretora do Foro; do vice-diretor do Foro, juiz Fábio Dutra Lucarelli; do juiz Sérgio Renato Tejada Garcia, diretor do Foro da Justiça Federal em Rio Grande; de Ana Paula Amaral Silva Hollas, diretora da Secretaria Administrativa; de Gustavo Falcetta, diretor do Núcleo de Segurança e Transportes; de Rafael Tweedie Campos, diretor da Divisão de Tecnologia da Informação; e de Rogério Madeira Fernandes, servidor do Núcleo de Justiça 4.0 – Saúde.

Os participantes relembraram os momentos iniciais da crise, destacando medidas emergenciais como a preservação da frota de veículos da Polícia Judicial, a interrupção da rede elétrica, o desligamento do datacenter, locação de geradores e a indisponibilidade dos sistemas. Relataram ainda a atuação da Central de Plantão Extraordinário, afetada pela falta de comunicação, e a parceria com a AGU, que cedeu espaço físico para a continuidade dos trabalhos.

A segunda parte do evento, conduzida pelo juiz Patrick Lucca Da Ros, destacou as ações solidárias realizadas durante e após o desastre. Participaram da roda de conversa os juízes Fábio Vitório Mattiello e Daniela Tocchetto Cavalheiro, coordenadores do Cejuscon; Fabiana Slongo Coiro, diretora da Divisão de Apoio Judiciário; Carolina Mousquer Lima, supervisora de Acessibilidade e Inclusão; e a servidora Queles Cristina Silva de Braz, da unidade de Pelotas. O grupo relatou a mobilização de uma rede de apoio a servidores e terceirizados, com ações financeiras, operacionais e de doação de materiais. Destacou-se também o voluntariado, com atuação em abrigos, rodas de conversa humanizadas e mutirões interinstitucionais para cadastramento de beneficiários do auxílio-reconstrução e prestação de orientações técnicas.

Juiz Patrick Lucca Da Ros, Juíza Daniela Tocchetto Cavalheiro, Juiz Fábio Vitório Mattiello, Carolina Mousquer Lima, Queles Cristina Silva de Braz e Fabiana Slongo Coiro.
Diretora do Foro da JFRS, Juíza Carla Evelise Justino Hendges e desembargador Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle.

No encerramento do evento, a diretora do Foro da JFRS, Carla Evelise Justino Hendges, destacou a importância da união e da resiliência institucional diante das adversidades, reforçando que, mesmo em meio às dificuldades, foi possível prestar um serviço de qualidade à sociedade. Já o desembargador Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle enfatizou o orgulho de pertencer à Justiça Federal, reconhecendo o comprometimento e a dedicação de servidores, magistrados e colaboradores para enfrentar os obstáculos colocados pelo desastre climático de maio de 2024.

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