Carazinho
Instalação da subseção
Criada pela Lei nº 10.772/2003, a Vara Federal de Carazinho foi implantada e instalada pela Resolução TRF4 nº 56/2005 com jurisdição sobre 47 municípios. A cerimônia de inauguração foi realizada no dia 18 de maio de 2005, conduzida pelo Desembargador Federal Vilson Darós, Corregedor-Geral do TRF4, acompanhado da Juíza Federal Salise Monteiro Sanchotene, Diretora do Foro da JFRS. O primeiro Juiz e primeiro Diretor de Foro da Subseção Judiciária de Carazinho foi o Juiz Federal Norton Luiz Benitez.
Estavam presentes autoridades dos Poderes Executivo e Legislativo municipais, membros do Ministério Público, do Judiciário estadual e trabalhista, o Presidente da OAB, além de advogados e cidadãos. Servidores que iriam iniciar o trabalho na Justiça Federal também estavam presentes.
A criação da Vara Federal de Carazinho era uma demanda bastante antiga, devido ao fato de Passo Fundo ser a maior Subseção do Estado do Rio Grande do Sul, com 150 municípios, o que poderia dificultar o acesso à Justiça por parte dos habitantes de Carazinho. Com o desmembramento, o jurisdicionado diminuiu o tempo e a distância de deslocamento.
A primeira sede ficava na Avenida Flores da Cunha, nº 825, bairro Centro, em um prédio locado, porém considerado bem localizado. Era uma construção de dois pisos, e que sofria de infiltrações d’água de chuva constantes. No primeiro andar, ficavam a secretaria, uma sala de audiência, outra, de atendimento ao público; além do depósito de bens apreendidos, da sala de arquivo e da agência da Caixa. No segundo andar, ficavam os dois gabinetes dos juízes, salas do Supervisor Administrativo e da Central de Mandados, auditório e copa.
Decisões judiciais
Confira algumas das decisões judiciais de grande relevância proferidas na subseção
A Operação CAA-ETE, realizada em Carazinho, ganhou repercussão na mídia estadual ao resultar na condenação de uma pessoa envolvida com os crimes de produção e transporte de agrotóxicos ilegais, além de formação de quadrilha.
O Ministério Público Federal ajuizou a ação, que apurou também a possível responsabilidade de outras 36 pessoas na produção, falsificação, armazenamento e transporte de agrotóxicos que descumprem as normas estabelecidas pela lei. Outras acusações foram somadas as primeiras, contanto com contrabando, descaminho, crimes ambientais e formação de quadrilha. O grupo atuava em 15 municípios, entre os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás, comercializando mensalmente cinco toneladas de produtos contrabandeados e falsificados e movimentando cerca de R$ 1,5 milhão por mês.
Considerada a primeira grande operação contra esse tipo de crime feita pela Polícia Federal (200 agentes foram mobilizados para a ação), a CAA-ETE contou também com a participação dos servidores de Carazinho Roíz Kotwitz e Marco André Simm de Faveri, além de colegas de Passo Fundo e Porto Alegre.
Histórias
Momentos curiosos das equipes da Justiça Federal
O colega Daniei Alisson Pinheiro relembra uma história inesquecível. A cerimônia de inauguração da Vara Federal de Carazinho não foi realizada no prédio-sede devido ao alagamento ocasionado por chuva torrencial na véspera da solenidade. Todos os envolvidos no evento, sem exceção, apoderaram-se de um rodo para retirar a água barrenta que adentrou ao prédio. Os bombeiros foram chamados para realizar a limpeza do prédio com uma bomba de sucção. O ato solene foi transferido para a sede da Câmara Municipal de Carazinho, que ficava no prédio vizinho.
Outro fato lembrado pelos colegas refere-se a uma audiência, nos primeiros anos de atividade, da qual fazia parte do processo um grupo indígena. Sendo o referido grupo a parte litigante, contou-se com a presença de dezenas de indígenas na sede.