Memória Oral
Relatos de quem fez e faz a história da Justiça Federal do Rio Grande do Sul
Nesta seção, convidamos você a testemunhar a história da Justiça Federal do Rio Grande do Sul sob uma nova perspectiva: a das pessoas que a constroem. Através de relatos em vídeo, você terá acesso a narrativas emocionantes e inspiradoras sobre os desafios, conquistas e legados que moldaram a instituição ao longo do tempo.
- Todos os assuntos
- Desastre Climático
- Juizados Especiais
Fábio Lucarelli - Juiz Federal Vice-Diretor do Foro da JFRS
O juiz Fábio Dutra Lucarelli destacou os desafios da Justiça Federal em Porto Alegre durante a crise climática, como a falta de protocolos e sistemas eletrônicos, o que dificultou a gestão. Ele ressaltou a importância dos servidores administrativos e a necessidade de planos de contingência mais fortes e investimentos em tecnologia para crises futuras.
Comissão de Solidariedade da Justiça Federal em Pelotas
A Comissão da Solidariedade da Justiça Federal em Pelotas organizou campanhas para apoiar as vítimas das enchentes, incluindo arrecadação de alimentos, roupas e fundos via PIX para comprar cobertores e alimentos. As doações foram entregues à Brigada Militar e a comunidades afetadas, como a Colônia de Pescadores Z3.
Régis Ubiratam Candeia - Diretor de Secretaria da 3ª Vara Federal de Caxias do Sul
Régis teve papel fundamental na Central de Plantão Extraordinário durante a crise climática no Rio Grande do Sul. Com a queda dos sistemas, a Corregedoria do TRF4 criou a central para garantir a continuidade dos trabalhos. Utilizando o eproc da JFSC e com a colaboração de servidores de diversas instituições, a força-tarefa foi bem-sucedida em dar andamento aos processos.
Bate-papo sobre Memória e História dos JEFs
Lançamento da exposição virtual “20 Anos da Lei dos Juizados Especiais Federais – Simplificando o processo, facilitando a vida”. Bate-papo com magistrados e servidores sobre memória e história dos JEFs, com participação do Desembargador aposentado Vladimir Passos de Freitas, em comemoração ao Dia da Memória do Poder Judiciário – 10 de maio de 2021.
Marisa Kroth Jornada - Diretora do Núcleo de Apoio Judiciário e Administrativo da JF Novo Hamburgo
Marisa relatou que sete funcionários terceirizados e quatro estagiários da Justiça Federal de Novo Hamburgo foram afetados pela enchente de 2023. Ela rapidamente mobilizou juízes, servidores e a AJUFERGS para arrecadar doações, incluindo itens como mantas e roupas. Criou-se também uma campanha de doações via PIX. Marisa destacou o acolhimento dado aos afetados, especialmente aos terceirizados.
Marcelo Guerreiro - Diretor da Divisão de Apoio Judiciário e Administrativo da JF em Rio Grande
Marcelo descreveu os impactos das chuvas em Rio Grande, afetando o prédio da Justiça Federal. A situação piorou em 6 de maio, quando as águas chegaram à sede e a energia foi cortada até 31 de maio. Com a ajuda de colegas, ele resgatou moradores e comprou equipamentos para a ação. A vigilância dos seguranças foi essencial para proteger o local. A enchente causou danos significativos, mas a colaboração foi fundamental.
Josiane da Silva - Colaboradora Terceirizada da Justiça Federal em Novo Hamburgo
Josiane, de Novo Hamburgo, teve sua vida alterada pela enchente de maio de 2024. Avisada por um vizinho, ela e sua família buscaram abrigo na casa de familiares, mas sua residência foi completamente submersa. Após um mês em casa de amigos, começaram a reconstruir. Josiane destaca as perdas emocionais e materiais, agradecendo o apoio da comunidade e da Justiça Federal.
Jeferson Luís Correa Santana - Colaborador Terceirizado da Seção de Manutenção
Jeferson, técnico em refrigeração da JFRS, mora em São Leopoldo, cidade afetada pela enchente de maio de 2024. Em 4 de maio, com o rompimento dos diques, ele e sua família buscaram abrigo em Sapucaia. Apesar das perdas materiais, Jeferson destaca o apoio de familiares, vizinhos e da Justiça Federal de Novo Hamburgo. Ele valoriza a solidariedade e resiliência da comunidade durante a crise.
Grupo de Voluntários da Justiça Federal em Canoas
Magistrados e servidores da Justiça Federal de Canoas se uniram para ajudar os afetados pela enchente de maio de 2024, que submergiu dois terços da cidade. Muitos funcionários terceirizados perderam suas casas, e graças às ações voluntárias da JF, puderam receber apoio. O grupo de voluntários da Justiça Federal em Canoas também ajudou moradores locais nos abrigos da cidade.
Gisele Freitas - Colaboradora Terceirizada na Justiça Federal em Novo Hamburgo
Gisele compartilha sua história de superação após a enchente em Novo Hamburgo, que destruiu sua casa e seu negócio. Ela e sua família buscaram abrigo em uma igreja, mas a união familiar, o apoio da comunidade e a fé em Deus a ajudaram a encontrar forças para recomeçar. A experiência a fortaleceu e reforçou sua crença na solidariedade e esperança.
Sérgio Tejada Garcia - Diretor do Foro da Justiça Federal em Rio Grande
O juiz Sérgio Renato Tejada Garcia relatou que a enchente em Rio Grande, esperada devido à localização e eventos climáticos anteriores, causou grandes danos, afetando o pátio, estacionamento e subestação elétrica da sede. Apesar das dificuldades, servidores e juízes se voluntariaram para ajudar a comunidade, resgatando moradores e oferecendo apoio, tornando a Justiça Federal um ponto de apoio essencial.
Anderson Alves Elesbão - Diretor de Secretaria da 5ª Vara Federal de Porto Alegre
Após a inundação de maio de 2024, Anderson foi convidado pela Corregedoria da Justiça Federal da 4ª Região para ajudar na reestruturação do plantão emergencial. A falta de energia e sistemas levou à criação de uma nova estrutura organizacional com grupos de plantão em sete regiões, utilizando o sistema eproc da JFSC. Anderson destacou a colaboração rápida de diversas instituições e a integração das equipes de TI, permitindo que o atendimento jurisdicional continuasse em meio ao caos.
Wilson Rocha Júnior - Diretor da Divisão de Apoio Operacional
Wilson descreveu como a Divisão de Apoio Operacional monitorou a enchente que atingiu o RS, garantindo a segurança, especialmente em relação à energia elétrica. Após o desligamento da subestação em 3 de maio, ele e a equipe de segurança acompanharam a situação usando barcos. Só em 11 de maio, com as águas baixando, puderam avaliar os danos no prédio, como nos elevadores e subestação. Empresas externas estão sendo contratadas para restaurar a sede. Wilson se orgulha de ter contribuído para a segurança e proteção dos envolvidos.
Júlio Cesar Pinto de Oliveira e Daniel Penha Barcellos - Gestão Financeira e Pagamento de Pessoal
Júlio, diretor do Núcleo de Pagamento de Pessoal, e Daniel, diretor da Divisão de Análise Orçamentária e Financeira, relataram como a Justiça Federal do RS enfrentou a crise de maio, com o desligamento do Data Center que ameaçou o pagamento dos servidores. A equipe, com o apoio de colegas de outros estados, trabalhou incansavelmente e garantiu os pagamentos em dia. A solidariedade e colaboração entre as equipes foram essenciais para superar a situação.
Queles Cristina Silva de Braz - Servidora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania
Queles, servidora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos em Pelotas, atuou como conciliadora e facilitadora de Justiça Restaurativa. Após a tragédia no RS, o grupo de Justiça Restaurativa criou espaços de escuta para magistrados e servidores afetados, adaptando-se com projetos como “Quer conversar? É só chegar” e “Te escuto!”. Queles levou os Círculos de Conversa aos abrigos, oferecendo apoio emocional e encaminhando demandas com ajuda da assistência social. Junto a parceiros, publicou o guia “E agora, como recomeçar?” para auxiliar as vítimas das enchentes.
Ricardo Soriano Fay - Juiz Federal Substituto da 1ª Vara Federal de Passo Fundo
Dr. Ricardo enfrentou os desafios do desastre climático no RS com dedicação, colaborando com a Corregedoria do TRF4 para configurar o eproc de Santa Catarina e criando tutoriais para ajudar magistrados e servidores. Após o desligamento dos sistemas, foi criada uma Central de Plantão Extraordinário para gerenciar as demandas urgentes. O sucesso foi atribuído ao trabalho voluntário de magistrados, servidores e estagiários.
Agentes da Polícia Judicial
O Núcleo de Segurança e Transporte da JFRS, composto por agentes da Polícia Judicial e do Grupo Especial de Segurança, relatou sua atuação durante a inundação do prédio-sede. Com acesso limitado a barcos, os agentes garantiram a segurança física e operacional da JFRS, protegendo magistrados e servidores durante operações essenciais. Eles compartilham as ações extraordinárias realizadas para assegurar a continuidade das operações da Justiça Federal.
Rafael Tweedie Campos e Luigi Frusciante Filho - Servidores da Divisão de Tecnologia da Informação
Rafael e Luigi compartilharam os desafios enfrentados após a inundação que afetou o prédio-sede da JFRS em maio. Com o risco de inundação dos geradores e da subestação, a equipe de TI desligou o Data Center em 3 de maio e enfrentou dificuldades para obter geradores e equipamentos. Utilizando o eproc de Santa Catarina, realizaram reuniões e soluções alternativas para manter as operações essenciais. Destacam a solidariedade e eficiência de seus colegas na recuperação das operações da JFRS.
Eduardo Tonetto Picarelli - Juiz auxiliar da Corregedoria da Justiça Federal da 4ª Região
Dr. Eduardo, Juiz auxiliar na Corregedoria do TRF4 e na Coordenação do sistema eproc, enfrentou desafios duplos durante a tragédia climática no RS. Além de manter as operações da Corregedoria sem o eproc, coordenou esforços com a equipe de TI para restaurar o sistema e garantir a continuidade dos serviços judiciais. Ele destaca a urgência na atuação da Corregedoria para minimizar os impactos na prestação jurisdicional.
Gisele Lopes - Diretora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da JFRS
Gisele se dedicou intensamente aos mutirões de atendimento e à Central Cidadania nos shoppings Total e Praia de Belas, ajudando famílias afetadas pelas enchentes no RS. Junto com juízes e servidores, ela visitou abrigos, apoiando no cadastro para o “auxílio reconstrução” e identificando outras necessidades para agilizar a concessão de benefícios. A Central Cidadania, com a participação de 40 órgãos públicos, facilitou o acesso a serviços essenciais, e milhares de acordos de benefícios assistenciais foram resolvidos rapidamente. Gisele também contribuiu nos projetos “SOS Chuvas” e “Reconciliando, Recomeçamos” para apoiar os afetados. Ela compartilha sua experiência nas conciliações e perícias durante esse período crítico no RS.
Patrick Costa Meneguetti - GT para Ações em Direitos Humanos, Equidade de Gênero, Raça e Diversidades
Patrick, membro do Grupo de Trabalho para Ações em Direitos Humanos, Equidade de Gênero, Raça e Diversidades da JFRS, compartilhou os resultados de seus estudos que levaram à criação de uma cartilha de Letramento em Direitos Humanos, atendendo a uma demanda da JFRS em abril de 2024. Com o desastre climático de maio, a cartilha foi transformada em um guia que reúne os principais benefícios disponíveis para as vítimas da inundação. Em colaboração com o Inovatchê e a Universidade Católica de Pelotas, foi desenvolvido o guia “E agora. Como recomeçar?”, amplamente divulgado durante o mutirão da Central de Cidadania. Patrick expressa sua satisfação ao ver como seu trabalho em direitos humanos teve um impacto valioso na ajuda a milhares de pessoas.
Grupo SOS Voluntários da Justiça Federal da 4ª Região
Um grupo de voluntários da Justiça Federal do Rio Grande do Sul (JFRS), composto por magistrados e servidores, uniu-se para ajudar os funcionários terceirizados afetados pelas enchentes em Porto Alegre. Entre as iniciativas realizadas, destacam-se doações de roupas, móveis, alimentos, produtos de higiene e assistência financeira. A mobilização envolveu a entrega de carretas com doações enviadas pela Justiça Federal do Paraná (JFPR) e com apoio da Justiça Federal de Santa Catarina (JFSC). O grupo SOS Voluntários JF4ª Região, em parceria com o SINTRAJUFE e a AJUFERGS, distribuiu as doações em abrigos e residências, oferecendo também suporte emocional e orientação legal.
Andressa Rossi - Servidora da 2ª Vara Federal de Canoas
Andressa teve sua casa invadida pelas águas em 03 de maio, em Canoas. Após perder muitos bens materiais, ela e sua mãe passaram mais de 20 dias fora de casa. Ao retornar, encontrou sua residência destruída. Com o apoio de amigos, Andressa enfrentou a recuperação da casa e as lembranças dolorosas desse desastre.
Menária Larissa da Silva - Estagiária da 2ª Vara Federal de Novo Hamburgo
Lucas Rodrigues de Aquino - Colaborador Terceirizado da Seção de Telecomunicações
Lucas, morador de Gravataí, descreve como sua casa foi atingida pela enchente que durou 25 dias. Ele conseguiu salvar pouco, mas se sente aliviado pelas fotografias da família estarem seguras. A ajuda de voluntários da JFRS foi crucial para sua recuperação. Mesmo afetado, Lucas e sua esposa continuam ajudando outros com doações.
Alex Péres Rocha - Juiz Federal da 4ª Vara Federal de Novo Hamburgo
O Juiz Federal Alex Péres Rocha liderou a Central de Monitoramento de demandas do desastre climático no RS em maio de 2024. A Central, em colaboração com a Corregedoria do TRF4, acelerou ações relacionadas à tragédia, mesmo com a falta de acesso ao sistema eproc. As atividades jurisdicionais foram conduzidas por meio de mutirões e escalas de plantão, utilizando e-mails para receber os pedidos das partes. A Central monitorou possíveis litígios em massa e priorizou processos relacionados ao desastre. O Juiz expressou sua satisfação em contribuir para mitigar as perdas dos cidadãos afetados.

Bruna Maria Englert
A casa de Bruna Maria Englert, no interior de Santa Cruz do Sul, foi destruída pela enchente de Maio de 2024. Seu marido, Fernando, ficou preso na casa e foi resgatado após passar a noite em uma árvore. A família perdeu quase tudo, mas se mudou para outra casa e agradece o apoio de todos.